sexta-feira, agosto 25, 2006
Bush I & II [além de seus mestres e seus discípulos]
aquele que se encontra
em franca
desvantagem
é de uma
brutal
covardia
é feito ser ratoeira
que espera
à espreita
aquele que classificou
como rato
Lourenço Cardoso
quinta-feira, agosto 24, 2006
A (revira)Volta
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Avisa aí que estou voltando!
Estou voltando
Só que não venho sozinho!
Comigo e em mim trago outros com os quais talvez não saibas lidar.
Porque por ti estes já foram esquecidos
E há em mim o desejo de vos fazer lembrá-los.
Mas avisa aí
Que estou voltando!
Avisa aí que estou voltando!
Estou voltando
Só que sei que o que sei hoje
É mais do que antes pensei saber!
Porque o que sei é apenas a parte
Que me foi possível saber!
Mas é assim
Que estou voltando!
Estou voltando
Só não sei se posso ainda ser útil ao seus olhos
Ou produtivo quanto o queres
Porque o que produzo e transformo
Pode apenas ser necessário e útil para outros olhos.
Mas mesmo assim, avisa aí
Que estou voltando!
Estou voltando
Só não sei se volto maior ou menor
Do que me (re)conheces
Porque para mim estas escalas
Já não fazem ver aquilo que te (re)conheces
Mas avisa aí
Que estou voltando!
Estou voltando
Só que não posso marcar o lugar nem a hora
Porque agora o meu espaço
E o meu tempo
Já não se fazem assim tão linear
Mas avisa aí, que por agora
Que estou voltando!
Estou voltando
Só que não posso dizer o que sou
Ou o que fui para você
Porque estas classificações eu não faço
E quiçá um dia também você!
Mas avisa aí
Que EU estou voltando!
EU estou voltando
Só não sei se ainda tenho para onde voltar.
Será que fico? Será que volto?
O que deixei aí sei que preciso reinventar!
Será que posso? Que faço?
Se (revira)volto ou se devo voltar? Será?
Por agora...
Apenas avisa aí que vou voltar!
Coimbra, 29 de Julho de 2006
sexta-feira, agosto 18, 2006
Dia da Fotografia
domingo, agosto 13, 2006
Pá...
poderoso
esse
capaz
de esmagar
feito mosca
depois…
do alto
do seu trono
esboçar
um sorriso
progressista
Lourenço Cardoso
sexta-feira, agosto 11, 2006
terça-feira, agosto 08, 2006
Clipe Rita Ribeiro - Muzak
Tentei me iludir
a-Arrogância
disse delas não preciso
e da poesia e da paixão
tentei em vão me desvencilhar…
Mas como elas ardem
Aqui dentro
Falam, calam e atormentam
Como delas necessito
Como de suas palavras
De seus carinhos
Sempre imagináveis
E ternos e lentos e sôfregos
Em mim, como os desejo…
E como no desejo, sonhei-os intensamente
Como desejo-o e à poesia
Que cala, aqui
Imprevisível,
Inescrivível
São os sentidos
São os desejos
Irredutível
É o tempo
a-Arrogante a incapacidade
de falar-lhe
a respeito.
Rose Barboza, que sem um sim, leva a vida perguntando-se PRA QUÊ?