domingo, maio 21, 2006

Foi há uma semana que os ataques à capital paulista começaram...


“E ainda que as janelas se fechem, meu pai
É certo que amanhece.”
(Hilda Hist In: A obscena Senhora D)



Hoje, depois de uma semana, venho ao blog, com as palavras de Hilda Hist, para tentar compreender algo, que se não chamo esperança, não posso chamar de desilusão:
Os ataques do PCC, as resposta da capital paulista, a disputa eleitoral tediosa e de jogos rasteiros enfadam-me, como enfada-me estar a ouvir, comentários egoístas e insidiosos, totalitários e disfarçados no discurso "merdológico" do politicamente correto: às favas!
Fico com Hilda Hist e ofereço o poema abaixo, a minha impossibilidade de ajuda imediata às vítimas, que estão lá e não mais aqui:



"Para poder morrer
Guardo insultos e agulhas
Entre as sedas do luto.

Para poder morrer
Desarmo as armadilhas
Me estendo entre as paredes
Derruídas.

Para poder morrer
Visto as cambraias
E apascento os olhos
Para nossas vidas.

Para poder morrer apetecida
Me cubro de promessas
Da memória.

Porque assim é preciso
Para que tu vivas."
Hilda Hist



Rose Barboza escreve aqui, dia sim, dia não.

Um comentário:

Marco Aurélio disse...

O PCC está cada dia com “mais corda” na mídia. Mudando de assunto, qual é o número mínimo de cores para colorir um mapa de maneira que dois paises vizinhos estejam coloridos com a mesma cor?
Não se esqueça de fazer esta pergunta as crianças. è bom que elas se distraem desta onda de violência!

Um abraço

Marco Aurélio